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Estima-se uma produção de 312,3 milhões de toneladas de soja na Safra 23/24, isto representa uma queda de 2,4% em relação a última safra (Base: CONAB).

Esta redução está sendo projetada em função do excesso de chuva registrado na Região Sul, e da seca que vem afetando de forma severa o Norte do país, com destaque para grandes áreas do MT.

Esta instabilidade climática tem atrasado o plantio de algumas áreas, provocado replantio em outras (mais de uma vez em alguns casos) e até feito produtores deixar de replantar, fazendo apenas coberturas das áreas. Como consequência teremos atraso na colheita, o que afetará diretamente a 2ª safra em função da janela de zoneamento de algumas federações estar “bem apertada”.

O fenômeno El Niño apresenta uma expectativa de “veranico” para o período de enchimento da SOJA em boa parte da região Norte do país, se confirmado a produção estimada será diretamente impactada. Nos últimos meses visitei muitas lavouras nas regiões do MS, PR, GO e MG e pude observar que esta insegurança climática está gerando grande apreensão nos produtores rurais, o momento é de muita incerteza.

Toda essa expectativa está provocando grande especulação em relação ao preço da SOJA, porém é importante destacar que existem outras variáveis que não estão no controle do produtor e que influenciam fortemente o preço das commodities, entre elas destacamos: dólar, produção em outros países, questões políticas e governamentais, além da especulação chinesa.